O Beetle 2013 chega em novembro e terá o velho nome resgatado no Brasil

 A Volkswagen anunciou na noite desta segunda-feira em São Paulo que a nova geração do Beetle vai se chamar Fusca, o nome de seu modelo mais famoso. Fabricado em Puebla (México), o Fusca – mostrado no Salão de Xangai, em abril de 2011, ainda com o nome Beetle – deve chegar ao Brasil em novembro, ainda sem preço e versões definidos. Deve custar perto dos 80.000 reais, pois pretende, segundo a VW, concorrer com Audi A1 e Citroën DS3, entre outros.

De olho no mercado mundial, este será, segundo o fabricante, o Fusca mais potente já feito, com motor 2.0 TSI com injeção direta de gasolina, que desenvolve 200 cavalos de potência, transmissão de seis marchas DSG de dupla embreagem. Ainda segundo a VW, o novo Fusca acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e chega a 210 km/h de velocidade máxima.

História - Ícone do design automobilístico mundial, o Fusca ganharia uma versão totalmente repaginada e modernizada na década de 1990, anos depois da produção de sua versão clássica ter sido encerrada na Europa. Nessa época apenas um local ainda fabricava o velho Fusca: a linha de montagem da Volkswagen de Puebla, no México, mas apenas para abastecer o mercado local. A cerca de 2.000 quilômetros dali, no estúdio de design da VW de Simi Valley, na Califórnia, Estados Unidos, uma dupla de projetistas rabiscava os primeiros traços do que viria a ser novo Fusca.

Em 1994, o primeiro conceito do New Beetle, concebido por J. Mays, o papa do estilo retrô adotado pela indústria automobilística na década seguinte, e Freeman Thomas – hoje, respectivamente, vice-presidente de Design Global e diretor estratégico de Design, ambos da Ford –, surgia no Salão do Automóvel de Detroit (EUA).

Batizado como Concept 1, o protótipo exibia as mesmas curvas que consagraram o Fusca no teto e nos para-lamas. Mas as referências não se limitavam ao exterior. Dentro do carrinho, outras características remetiam ao modelo original, como as alças de apoio na coluna central e sobre o porta-luvas, além de um pequeno e singelo vaso para flores ao lado do volante. De resto, o new Beetle era um modelo totalmente novo, construído em monobloco – em que o chassi e a carroceria formam uma única peça – e que passaria a adotar uma filosofia amplamente disseminada atualmente, a do compartilhamento de plataformas. Neste caso, com os hatches médios Golf – europeu de quarta geração –, e A3, da Audi, marca também pertencente ao grupo VW.

Motores - A estreia no mercado americano aconteceria apenas quatro anos depois, em meados de 1998. O antigo motor traseiro, refrigerado a ar, daria lugar a um bloco montado na parte dianteira e refrigerado a água - quatro cilindros 2.0 litros SOHC, de oito válvulas e 115 cv, movido a gasolina. Ele poderia vir associado a um câmbio manual de cinco marchas ou a um automático, de quatro. A suspensão era independente nas quatro rodas. Logo depois veio um turbodiesel, de quatro cilindros, 1.9 l de 90 cv. Na época, o New Beetle era oferecido nos EUA em três versões de acabamento: GL, GLS e GLX. Freios com ABS só passaram a vir de série um ano após o lançamento.

A gama de motores ganhou uma versão mais forte, a 1.8 turbo de 150 cv. Ela vinha acompanhada por um pequeno aerofólio instalado na porta traseira e que se erguia automaticamente assim que o carro atingia altas velocidades. Em 2002, surgia outra opção ainda mais potente, a Turbo S, equipado com o mesmo 1.8 turbo do GLX, mas equipado com duplo comando de válvulas, 20 válvulas, e preparado para entregar 180 cv.

O New Beetle conviveu com o velho Fusca em Puebla até meados de 2003, quando a produção do modelo original cessou definitivamente após mais de 21 milhões de unidades fabricadas. Neste mesmo ano, surgia o Beetle Cabrio, a versão conversível do modelo, com capota de lona e motor 2.0 SOHC.

Brasil - O modelo desembarcou no Brasil em 1999, vindo do México, já como modelo 2000. Vinha recheado de itens de série como ar-condicionado, ABS e EBD, além de airbags dianteiros e laterais. Entre os opcionais, destacavam-se o teto-solar elétrico, os bancos forrados com couro e o câmbio automático de quatro marchas. O motor era um quatro cilindros, 2.0 16V, de 116 cv. Em 2006, o desenho dos pára-choques, faróis, lanternas e painel de instrumentos mudou sutilmente e ele passou a vir de série com CD/MP3 player, airbags de cabeça, além das exclusivas rodas de alumínio e pneus mais largos. O câmbio seqüencial Tiptronic, de seis marchas, veio só em 2007. O modelo 2010 seria o derradeiro, abrindo caminho para a nova geração.

Novo Fusca exibido no Salão de Berlim

Novo Fusca exibido no Salão de Berlim

Novo Fusca exibido no Salão de Berlim

Novo Fusca exibido no Salão de Berlim

 Publicada em : 01/10/2012
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